O que se viu ao término do Curso de Formação de Palhaço de Hospital, ministrado pela Patrulha da Alegria nos meses de maio e junho, foi uma turma coesa, ávida por conhecimentos e extremamente feliz por ter começado a trilhar os caminhos do palhaço.
Em termos didáticos, foram repassados conteúdos como Infectologia e Rotina Hospitalar, Teatro, Palhaço e Palhaço de Hospital. Mas em termos de vivência o que se viu foi uma semente bem plantada, onde o conhecimento adquirido ao longo da nossa caminhada servirá, para que novas possibilidades aconteçam, para que mais pessoas sejam contaminadas pelo vírus do palhaço, aquele para o qual não se tem cura e que provoca efeitos beneficamente surpreendentes!
Da experiência nasceram palhaços com noções de como lidar com um público bem específico, com abordagem própria e linguagem característica.
Para Rodrigo Robleño, que é palhaço há 20 anos e contribuiu para a formação da maioria os palhaços do estado, o surgimento de palhaços é algo especial pois desperta o melhor das pessoas. “Uma das coisas que eu mais gosto de ver é o ‘nascimento de palhaços’ porque eu acredito que o palhaço é o nosso melhor brilho, e tem muita gente que vai deixando que a sociedade abafe, acabe com esse brilho. O nosso dia a dia, tampa o brilho das pessoas, e quando você vê as pessoas brilhando, o brilho no olho, em cada gesto, o prazer de estar brincando, se divertindo e descobrindo esse espaço de jogo é mágico, pra mim a sensação é de alegria por poder dar o meu melhor brilho pra eles também”.
O conceito de que no hospital o “menos é mais” foi enfatizado a todo tempo, desde a forma de se aproximar do paciente até a maquiagem ou figurino adequado ao ambiente. Mas, foi mostrado também, que esse curso foi só o primeiro passo, a base, o alicerce de uma construção do palhaço que se faz a cada dia. Por isso é preciso cada vez mais conhecimento, para que se busque o melhor do trabalho do palhaço.
Para Andréa Godinho, uma das fundadoras do projeto Patrulha da Alegria, cada edição do curso é encarada como uma nova fase da Patrulha. “Para quem é patrulheiro, cada curso é um sinal de amadurecimento, é como se ele passasse de fase, é o nascer patrulheiro e agora ter a oportunidade de passar o que ele sabe para novos patrulheiros é como se fossem níveis, a cada curso a gente sobe um nível, e é assim sempre. E isso é importante para o patrulheiro porque ele passa conhecimento, e aprende muito, por que não tem como não aprender, estamos sempre renovando dentro do curso, os novos patrulheiros nascem e a gente se renova, é um ciclo que não para” conclui.
Àqueles que nos acompanharam nestes dias, deixamos nosso agradecimento por confiarem em nosso trabalho e contribuírem para o crescimento de todos, e à PUC Sete Lagoas que cedeu o espaço, sempre nos apoiando para a realização dos cursos.
Dos novos palhaços fica a certeza de que, independente das escolhas de cada um daqui para frente, terão olhares mais sutis, capazes de perceberem a vida e de fazê-la de uma forma diferente.
É a magia do palhaço transformando realidades e procurando levar alegria e alento!
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